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PF põe nas ruas operação contra comércio ilegal de pedras preciosas

Rommel Pinto/AE -
Agentes da Polícia Federal em frente ao apartamento de Daisy Tsezanas, no Leblon, Zona Sul do Rio, durante nova fase da Operação Lava Jato
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A Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Receita deflagraram nesta terça-feira, 4, a Operação Marakata, desdobramento da Câmbio, Desligo. Esta fase da operação mira suposto esquema de comércio ilegal de pedras preciosas e semipreciosas e sua exportação com preços subfaturados para sonegação tributos, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Segundo a Receita Federal, 'os envolvidos adquiriam as pedras preciosas de garimpeiros e atravessadores. Para dar uma aparência de licitude aos negócios eram utilizados documentos fiscais e comerciais com preços menores que os praticados. Após a aquisição, as pedras tinham como principais destinos a Índia e Hong Kong, sendo exportadas com valores subfaturados'.

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Agentes da Polícia Federal em frente ao apartamento de Daisy Tsezanas, no Leblon, Zona Sul do Rio, durante nova fase da Operação Lava Jato (Foto: Rommel Pinto/AE)

A força-tarefa apura se a rede de doleiros investigados na Operação Câmbio, Desligo (deflagrada em 3/5/2018) era usada para receber a diferença entre o valor real da exportação e o declarado às autoridades fazendárias.

"O esquema possivelmente envolvia ainda os doleiros para pagar a diferença entre o valor real da aquisição e o valor informado nos documentos fiscais usados para a compra das pedras", diz a Receita.

Participam da operação auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal que cumprem mandados de busca e apreensão nos Estados do Rio de Janeiro e da Bahia.