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Alckmin diz que é 'inaceitável' duvidar de urna eletrônica em 'pleno século 21'

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Por POLÍTICA JB com Agência Estado
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Publicado em 26/08/2022 às 07:29

Alterado em 26/08/2022 às 07:29

Geraldo Alckmin AFP / Miguel Schincariol

Lauriberto Pompeu - O candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) criticou nessa quinta-feira, 25, os ataques que o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) faz do atual sistema eleitoral. "O fato é que nós retrocedemos na questão democrática. É inaceitável você em pleno século XXI estar discutindo urna eletrônica, democracia. Inacreditável. Uma agente errada, ultrapassada", afirmou o colega de chapa do candidato a presidente pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva.

A fala foi feita em entrevista após o ex-governador de São Paulo participar do Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, realizado em Brasília (DF). Bolsonaro e o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, também foram convidados para o evento, mas não compareceram. Lula foi chamado, mas disse haver um conflito de agenda e enviou Alckmin como representante.

De acordo com Alckmin, o País devia discutir temas como economia e educação. “O que tem é focar no emprego, renda, agenda de competitividade, reforma tributária, simplificação tributária, custo de capital, logística, educação de qualidade, pesquisa e inovação”.

O ex-governador, porém, evitou comentar sobre a operação da Polícia Federal que mirou empresários bolsonaristas, alvos de busca e apreensão por falarem que preferem um golpe caso o PT vença a eleição presidencial.

Em outra crítica a Bolsonaro, o candidato a vice reprovou as flexibilizações ao acesso de armas promovidas pelo atual governo. “Arma é para profissional. É dever do Estado proteger a população. Proliferar arma você vai pôr mais risco na população e acaba na mão do bandido”, declarou. Para o ex-governador, existem outros caminhos para melhorar a segurança pública. “A questão da segurança pública é inteligência policial, tecnologia, armamento, foco e resultado”.

Adversário histórico do PT, tendo inclusive disputado o segundo turno da eleição presidencial contra Lula em 2006, o ex-tucano elogiou a gestão do ex-adversário e disse que vai dialogar com empresários ruralistas, setor que hoje está majoritariamente com Bolsonaro. “Quem impulsionou o agro foi o governo do presidente Lula. Juros eram 2,5%, hoje é 15%”. O candidato a vice disse que o governo do ex-presidente fez ”crédito agrícola, seguro rural e conquista de mercado”.

Alckmin também afirmou que é preciso ter atenção para a preservação ambiental e que isso tem muita importância para o mercado internacional. “Hoje o maior perigo para o agro é a devastação da Amazônia, pode ter um entrave das vendas do agro para o mundo. O Brasil é o celeiro do mundo em razão das questões ambientais. É inacreditável ter uma devastação. Não é pelo agricultor, é por grilagem de terra”.

 

Hospitais Filantrópicos

Em seu discurso no evento, Alckmin sinalizou que, caso Lula volte à Presidência, o Ministério da Saúde terá uma Secretaria voltada exclusivamente para lidar com hospitais filantrópicos. “O Ministério da Saúde tem que ter uma secretaria só para filantrópicos. Quando ouvimos mais, erramos menos. Não vamos fazer mágica”, afirmou.

Ele também declarou que o governo federal precisa destinar mais recursos para o Sistema Único de Saúde (SUS). “Temos que buscar a solução para a questão do financiamento. Há uma crise fiscal grave e que vai se agravar ano que vem. Mas governar é escolher. Temos que escolher a vida das pessoas, escolher o SUS, os que precisam mais”, apontou.

Perguntado sobre quem será o ministro da Saúde caso Lula vença, Alckmin desconversou e disse apenas que precisa ter experiência na área. “Para responsabilidades mais altas, tem que ter um mínimo de experiência. Senão o País paga a bolsa de estudos mais cara do mundo. O cara aprende, mas leva tempo”.

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