POLÍTICA

Aprovação ao governo Bolsonaro despenca ao nível mais baixo desde o início do mandato

A avaliação positiva da gestão de Bolsonaro aparece abaixo de 20%, segundo levantamento realizado pelo Instituto Atlas, entre 23 e 26 de novembro.

Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 29/11/2021 às 11:30

Alterado em 29/11/2021 às 11:37

A Polícia Federal avaliou que a presença de apoiadores do ex-capitão gritando "mito, mito" atrapalharia o fluxo normal de passageiros do 2º maior aeroporto do país Foto: reprodução

Yahoo Notícias - Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (29) mostra que a aprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro despencou e atingiu o menor percentual desde o início do mandato, em janeiro de 2019.

A avaliação positiva da gestão de Bolsonaro aparece abaixo de 20%, segundo levantamento realizado pelo Instituto Atlas, entre 23 e 26 de novembro.

Na pesquisa, 19% dos entrevistas avaliaram o governo do atual presidente como ótimo e bom, enquanto 20% consideraram regular.

Os que classificaram o governo como ruim/péssimo são 60%. Enquanto 1% não soube opinar sobre o assunto.

Questionados sobre os principais problemas do país, 59% apontaram questões econômicas, como desemprego, inflação, desigualdade social e pobreza.

Na consulta anterior, em setembro, a avaliação positiva foi de 32%. A queda da popularidade de Bolsonaro já aparecia nas sondagens anteriores: 36% em agosto.

O levantamento foi o primeiro realizado após a conclusão da CPI da Covid no Senado, cujo relatório final pede o indiciamento de Bolsonaro por ao menos nove crimes, entre eles crime contra a humanidade, incitação co crime, charlatanismo e crimes de responsabilidade.

Para o cientista político Andrei Roman, CEO do AtlasIntel, esse recorde de impopularidade chama a atenção por não haver nenhuma crise específica, como notícias recentes de escândalos de corrupção, no caso das 'rachadinhas', por exemplo, ou queda de ministros.

Ou seja, o cenário aponta para uma questão “mais estrutural”, como a inflação e o desemprego, que atingem, inclusive o chamado “núcleo duro do bolsonarismo”, aponta o pesquisador. Mais de 13 milhões de brasileiros estão sem trabalho, e a inflação na casa de dois dígitos tem levado a um aumento de preço de mercadorias, como a gasolina, que superou os R$ 7.

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