POLÍTICA

Doria critica fala de Lira por não citar impeachment de Bolsonaro: 'Não tem compromisso democrático'

Após o pronunciamento em rede nacional feito pelo presidente da Câmara ante os atos dessa terça (7), governador de São Paulo lamenta postura de Lira e diz que 'não é nas palavras, mas com atitude, que se faz a democracia'

Por JORNAL DO BRASIL

Publicado em 08/09/2021 às 21:29

Alterado em 08/09/2021 às 21:29

João Doria Foto: Folhapress / Eliane Neves

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), criticou nesta quarta (8) o discurso feito mais cedo pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), sobre os atos do dia 7 de setembro.

Por não ter citado o impeachment do presidente Jair Bolsonaro nas declarações, Doria disse que Lira "não tem compromisso com a democracia".

"Lamento que ele não tenha compromisso com a democracia, porque se tivesse, estaria colocando em pauta o impeachment do presidente Bolsonaro. Eu lamento, sinceramente, a postura, a atitude e o descompromisso do presidente da Câmara com a democracia brasileira", afirmou.

Na continuação de seus comentários, Doria ainda afirmou: "Que ele [Lira] proceda, dentro da democracia e dos procedimentos do Congresso Nacional, a apresentação do processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. Não é apenas na palavra, é na atitude que se faz democracia", completou.

Nessa terça-feira (7), o governador manifestou, pela primeira vez, ser a favor do impeachment do presidente da República. Doria disse que esperava que Lira submetesse o pedido aos demais parlamentares.

"Depois dos arroubos, do afrontamento que tivemos ontem [7] à Constituição, à democracia, à Suprema Corte, o mínimo que poderia se esperar de um presidente de uma Câmara era submeter aos seus parlamentares, já que a decisão não é dele, não é monocrática, e sim da Câmara e do Senado, que pudesse submeter e dar andamento ao pedido de impeachment", declarou.

Segundo a mídia, o governador foi questionado sobre possível aliança com o PT e uma formação de bloco contra Bolsonaro, em sua resposta, Doria disse que é uma decisão que cabe ao presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo.(com agência Sputnik Brasil)

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