POLÍTICA

Líder do Governo diz que CPI é 'tribunal de exceção' e critica não ter direito de defesa

Deputado Ricardo Barros teve depoimento adiado na CPI da Covid e deverá ser ouvido em agosto se recesso parlamentar for aprovado

Por Jornal do Brasil
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Publicado em 15/07/2021 às 07:52

Alterado em 15/07/2021 às 08:45

Deputado Ricardo Barros era ministro da Saúde de Temer; hoje é líder do governo Bolsonaro na Câmara Foto: Reuters/Ueslei Marcelino

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), disse em entrevista à CNN nessa quarta (14) que a CPI da Covid é um "tribunal de exceção" e condenou o fato de não ter tido direito de defesa até agora.

"Não me dão direito a defesa. É um tribunal de exceção. O STF [Supremo Tribunal Federal] mandou instalar e deve cuidar para que promova justiça", declarou Barros.

O deputado acredita que a Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado perdeu o "interesse" em seu depoimento a partir do momento que "todos que foram ouvidos negaram sua participação" nas irregularidades para aquisição das vacinas Covaxin e AstraZeneca.

"Eles marcaram minha oitiva para o dia 8 [de julho], logo, estavam prontos para me ouvir. Como todos que já foram ouvidos negaram minha participação, perderam o interesse. Mas já citaram meu nome 96 vezes, inclusive com acusação feita por senadores", disse Barros.

Segundo a mídia, o depoimento de Barros tinha sido marcado para a próxima terça-feira (20), mas caso seja aprovada a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) até sexta-feira (16), será declarado recesso parlamentar até o dia 31 de julho, o que faria com que a oitiva do deputado seja realizada em agosto.(com agência Sputnik Brasil)

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