POLÍTICA

Presidente do Senado diz que não aceitará retrocesso nas eleições, após declarações de Bolsonaro

O pronunciamento do presidente do Senado ocorre após Jair Bolsonaro colocar em dúvida, mais de uma vez, a realização das eleições ano que vem

Por Jornal do Brasil
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Publicado em 09/07/2021 às 20:35

Alterado em 09/07/2021 às 20:35

[Rodrigo Pacheco] De presidente do Congresso Nacional a cabo eleitoral de Bolsonaro Foto: Pedro França/ Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta sexta-feira (9) que não aceitará retrocessos à democracia do país, em resposta às ameaças do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra o processo democrático.

Pacheco disse que "todo aquele que pretender algum retrocesso será apontado pela história como inimigo da nação" e, em nome do Legislativo, defendeu que o Parlamento "não admitirá qualquer ato contrário à democracia".

Pacheco concedeu entrevista coletiva horas após Bolsonaro, sem apresentar provas novamente, afirmar que a fraude eleitoral está no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente do Senado destacou a importância da separação entre os Poderes.

"Uma separação que definitivamente não signifique desunião, mas que signifique o respeito de cada Poder em relação ao outro naquilo que toca a atribuição do outro […]. E quero aqui afirmar a independência do Parlamento brasileiro."

Pacheco acrescentou que o Congresso não pode admitir qualquer tipo de fala ou de ato "que seja atentatório à democracia ou que estabeleça um retrocesso naquilo que, repito, a geração antes da minha conquistou e que é nossa obrigação manter, que é a democracia no nosso país".

Bolsonaro defende voto impresso

Na manhã desta sexta-feira (9), O presidente Jair Bolsonaro voltou a colocar em dúvida a segurança das urnas eletrônicas, mas sem apresentar provas. Bolsonaro ainda ofendeu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.

Em defesa ao voto impresso, o presidente da República chamou Barroso de "imbecil" e "idiota" e afirmou que houve "fraude" e "roubalheira" nas eleições presidenciais de 2014.(com agência Sputnik Brasil)

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