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Mandetta diz que 'fator presidente foi preponderante' para o Brasil atingir 100 mil mortes por Covid-19

Wilson Dias/Agência Brasil -
Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta
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Macaque in the trees
O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que deixou o cargo em abril, disse nesse sábado (8) que a postura do presidente Jair Bolsonaro foi um fator "preponderante" para o Brasil atingir a marca de 100 mil mortes por COVID-19.

"Houve uma série de fatores, mas o fator presidente foi preponderante. Ele deu argumento para as pessoas não ficarem em casa. Ele deu esse exemplo e serviu de passaporte para as pessoas aderirem politicamente a essa ideia", disse.

Segundo o ex-ministro, prefeitos se sentiam pressionados por Bolsonaro para acabar com o isolamento.

"[Prefeitos] veem a popularidade diminuir, e como tem um contraponto político feito pelo presidente, ficam pressionados", afirmou.

Mandetta disse também que o governo federal "abriu mão da ciência" e "ficou em um debate menor, que é a cloroquina".

"Foi uma somatória de fatores, mas principalmente liderados pela posição do governo, que trocou dois ministros e botou um terceiro que fez uma ocupação militar sem técnicos na Saúde", completou o ex-ministro.

Segundo a plataforma do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 100.477 mortes causadas pela COVID-19 e 3.012.412 de casos confirmados da doença. (Com agência Sputnik Brasil)