ARTIGOS
A confiabilidade
Por TARCISIO PADILHA JUNIOR
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Publicado em 14/07/2021 às 08:53
Alterado em 14/07/2021 às 08:53
"Em todas as coisas que importam", sustenta Roger Scruton, "é o costume, e não a razão, que fornece o motivo decisivo."
O costume pode ser afirmado, vivenciado e reconhecido como uma qualidade positiva da sociedade democrática. Porém, será contraproducente defender antigos privilégios de uns poucos. Politicamente, hoje mudança constitui a regra.
A despeito da flexibilidade e da mobilidade proporcionadas pelas novas tecnologias da informação e comunicação, a confiabilidade, do ponto de vista político, permanece hoje referenciada ao imprescindível trabalho dos veículos tradicionais.
Permite apreciar - positiva ou negativamente - uma ação política real como base na observação de sua pertinência. Há ações finais, com valor intrínseco, e ações instrumentais, valoradas enquanto servem para que se alcance o fim considerado.
A esfera da política é essencialmente a esfera das ações instrumentais - não devem ser apreciadas como fins em si. Um juízo positivo ou negativo da ação com base no alcance ou não do resultado proposto permanece na ordem do dia.
O que torna objetivamente necessária uma ação política é sua devida consideração para alcance do fim proposto. Nesta pandemia, o enfrentamento responsável do grave estado de necessidade da maioria da população brasileira é inegociável.
Não há coletivo que não seja estabelecido sobre a dinâmica de confiança entre seus integrantes, a começar pelo presidente.
Engenheiro, é autor de "Por Inteiro" (Editora Multifoco, 2019)