Após sondar o PPS, a Rede procurou o PROS para fechar uma aliança em torno da candidatura da ex-ministra Marina Silva à Presidência da República. Marina está em busca de um vice de perfil mais político, para tentar aumentar o tempo de propaganda no rádio e na TV e o acesso a recursos do fundo eleitoral para a campanha.
Dirigentes da Rede tiveram reuniões com lideranças do PROS na semana passada. A ponte para essas conversas têm sido feita pelo ex-deputado Maurício Rands (PROS-PE), que em 2014 foi coordenador do programa de governo da chapa de Marina e Eduardo Campos (PSB), morto em acidente aéreo naquele ano.
No PPS, a interlocução foi com o presidente nacional da legenda, deputado Roberto Freire (SP). Hoje, no entanto, o partido apoia a candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) ao Palácio do Planalto. Outro partido com quem a Rede também já conversou é o PHS. Caso Marina não consiga viabilizar uma aliança política, uma alternativa seria lançar uma chapa puro-sangue com o ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello, que também é filiado à Rede. Mas, assim, o partido teria direito a apenas 8 segundos no horário eleitoral.
A Rede não tem buscado alianças com partidos que dominaram o cenário de polarização das últimas eleições, como o PT e o PSDB, ou que estão atualmente no centro do poder, como MDB, e as legendas do chamado Centrão, entre eles DEM, PP, PR e PTB.
'Complementar'
Questionada sobre quem seria seu vice, Marina desconversou e disse que procura uma pessoa com um perfil "complementar" ao seu. "Alguém que seja programaticamente coerente com o que temos feito e que possa ser complementar", afirmou.
Porta-voz do partido, Pedro Ivo afirmou que a decisão de quem será o vice da chapa vai ocorrer somente em agosto. "Está cedo para escolher. O vice tem que ser alguém muito bem pensado", disse.
A convenção para formalizar o nome da ex-ministra como candidata ao Palácio do Planalto será no dia 4 de agosto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.