Com 46 mortes, o Brasil lidera o ranking de países com maior número de assassinatos de ativistas ambientais em 2017, de acordo com um estudo divulgado hoje (2) pela ONG Global Witness e pelo jornal The Guardian.
Ao longo do ano de 2017, foram mortos 197 ativistas ambientais em todo o mundo, a maioria na América Latina, onde o Brasil lidera as estatísticas, com 46 vítimas, seguido por Colômbia (32) e México (15). Em segundo lugar do ranking global, estão as Filipinas (41). Segundo o estudo, as áreas de mineração e atividades agrícolas são onde acontecem a maioria dos assassinatos de ambientalistas.
As vítimas são, na maioria das vezes, de comunidades indígenas que se opõem às novas atividades econômicas em suas terras. Já os crimes, constantemente, ficam sem resolução, ou seja, os envolvidos ficam impunes.
Diversos militantes do Peru e da Colômbia morreram em campanhas contra instalação e exploração de minas. No Brasil e no continente asiático, grande número dos ambientalistas eram contrários às novas plantações de soja, café, palmeiras, cana de açúcar e ao desmatamento para abrir caminho para pastagens para gado. Na África, caçadores são os responsáveis por grande parte das mortes de ativistas, que se opõem à caça de elefantes e rinocerontes.