ASSINE
search button

'Serra e Aloysio sabiam de tudo', diz Paulo Preto sobre Dersa

Em proposta de delação, operador Adir Assad revelou esquema em obras de São Paulo

Compartilhar

Paulo Vieira de Souza - conhecido como Paulo Preto - que segundo o operador financeiro Adir Assad em sua proposta de delação premiada à Lava Jato teria recebido R$ 100 milhões em esquema envolvendo o Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), ainda não se pronunciou após a revelação vir à tona, no sábado (4), pelo Estadão. Mas, segundo a coluna Radar On-line, a um amigo próximo Paulo teria dado a seguinte declaração neste fim de semana: “Tudo o que acontecia no Dersa era de conhecimento do Serra e do Aloysio”. Paulo Preto foi diretor do Dersa, órgão responsável pela construção de grandes obras em São Paulo. José Serra foi governador do estado entre janeiro de 2007 e abril de 2010. Nesse período, Aloysio Nunes Ferreira era o seu secretário da Casa Civil.

Adir Assad afirma ter repassado cerca de R$ 100 milhões para Paulo Vieira de Souza entre 2007 e 2010, na gestão José Serra em São Paulo. Ele está preso em Curitiba desde agosto do ano passado. Assad é apontado como o maior emissor de notas frias para lavagem de dinheiro de empreiteiras suspeitas de envolvimento no escândalo de corrupção na Petrobras.

O Estadão afirma que, na tratativa com a força-tarefa na capital paranaense, Assad admitiu ter usado suas empresas de fachada para lavar recursos de empreiteiras em obras viárias na capital e região metropolitana de São Paulo, entre elas a Nova Marginal Tietê, o Rodoanel e o Complexo Jacu-Pêssego. Segundo Assad, nos contratos com Dersa, as empreiteiras subcontratavam suas empresas, o valor das notas frias era transformado em dinheiro e as companhias indicavam os beneficiários dos recursos. Entre 2007 e 2012, o “noteiro” movimentou cerca de R$ 1,3 bilhão em contratos fictícios assinados com grandes construtoras.

>> Veja a reportagem