Michel Temer fez um balanço dos sete meses de governo desde a retirada de Dilma Rousseff da presidência, em café da manhã com jornalistas na manhã desta quinta-feira (22). Na ocasião, além de anunciar mudanças no saque de FGTS e no cartão de crédito, o peemedebista ressaltou que foi preciso "cortar na própria carne" ao propor a medidas como a do teto de investimentos públicos. "Mexemos com temas aparentemente polêmicos."
Para Michel Temer, outro grande tema nacional deste ano foi a reforma da previdência. Ele defendeu que esta deveria se chamar ainda "em nome do filho", já que a intenção seria garantir o pagamento de pensões previdenciárias no futuro.
Temer citou ainda a repatriação de recursos que estavam no exterior, pleiteados por estados e municípios. O resultado será dividido para dar folga aos estados e municípios, repartindo o produto da multa para "reformar a federação brasileira".
As mudanças no marco regulatório do pré-sal também foram defendidas, como forma de possibilitar que a Petrobras examine em qual atividade de exploração ela quer entra.
Os cortes de pessoal do Banco do Brasil também ganharam destaque. O presidente disse que o corte de 9,2 mil cargos por meio de programa de demissão voluntária deve possibilitar que que R$ 2,4 bilhões sejam economizados ao longo dos anos.
Temer citou o Bolsa Família, que foi revalorizado em 2,5%, o que significaria mais de R$ 300 milhões que circularão na economia.; o cartão reforma, que traz a possibilidade para quem ganha menos de R$ 1,8 mil de obter na Caixa Econômica Federal o recurso de R$ 5 mil, a fundo perdido, para reformar a casa; e a provável implantação de regularização fundiária nas cidades, e entrega de títulos para assentados no campo, após a reforma agrária.