Doze dos 15 vereadores da Câmara de Foz do Iguaçu foram presos nesta quinta-feira (15) durante operação da Polícia Federal (PF). Dez foram presos preventivamente e dois receberam ordem de prisão temporária. A ação tem por objetivo desarticular um grupo criminoso que desviava recursos públicos.
De acordo com a PF, só com algumas obras de pavimentação no município foram constatados prejuízos de quase R$ 4,5 milhões. As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara da Justiça Federal de Foz do Iguaçu.
A operação envolve cerca de 150 policiais federais. Eles estão cumprindo 78 mandados judiciais, sendo 20 de prisão preventiva, oito de prisão temporária, 11 de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para depor e depois é liberada), e 39 de busca e apreensão.
As buscas estão sendo feitas em residências e locais de trabalho dos investigados e em empresas supostamente ligadas ao grupo criminoso, nas cidades de Foz do Iguaçu, Curitiba, Cascavel, Maringá, Pato Branco, no Recife e em Brasília.
A Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu informou, por meio de nota, que os trabalhos internos do Legislativo municipal permanecem inalterados e que a operação da PF causou “estranheza”.
“O recolhimento dos parlamentares para esclarecimentos causou estranheza ao Poder Legislativo, mas, para manter o andamento dos trabalhos, já estão sendo solicitadas providências junto à Justiça Eleitoral da comarca de Foz do Iguaçu para que proceda a legitimidade de diplomação dos suplentes eleitos no ano de 2012”, diz a nota.
A Câmara informa ainda que os suplentes deverão participar das sessões ordinárias e extraordinárias marcada para o dia 20, quando a Câmara deverá finalizar a votação do projeto de lei que trata do orçamento geral do município para 2017.
A nota diz também que dos 15 parlamentares da Casa, três não foram conduzidos à PF, Nilton Bobato (PCdoB), Dilto Vitorassi (PV) e Gessani da Silva (PP). Presos preventivamente estão: Anice Naggib Gazzaoui (PTN), Paulo César Queiroz (SD), Darci Siqueira (PTN), Edílio Dall'Agnol (PSC), Marino Garcia (PEN), Hermógenes de Oliveira (PSC), Paulo Rocha (PMDB), Luiz Queiroga (DEM), Rudinei de Moura (PEN) e Fernando Duso (PT). Estão em prisão temporária: Beni Rodrigues (PSB), e José Carlos (PMN).