As famílias bolivianas que tiveram suas moradias destruídas por um incêndio ontem (23) aguardam a liberação da perícia para entrar nas residências e tentar salvar pertences. No imóvel que pegou fogo, os imigrantes viviam e trabalhavam em precárias oficinas de costura.
Na manhã de hoje (24), os bolivianos se agrupavam em frente ao que sobrou do imóvel. A Polícia Militar reforçava o isolamento determinado pela Defesa Civil, já que há risco estrutural e o local será, futuramente, demolido.
A perícia policial que investigará o que ocasionou o fogo chegará ainda hoje e, só após o trabalho dos peritos, as famílias poderão entrar no local. No andar de baixo do prédio, havia uma pequena lanchonete e, no andar de cima, os imigrantes moravam e trabalhavam na produção de roupas. Segundo vizinhos, a moradia tinha emaranhados de fios elétricos com grande risco de curto-circuito.
Segundo Patrícia Vega, advogada do Centro Integrado do Imigrante, ontem, o caminhão que retirou móveis e pertences retornou à rua do incêndio, após acordo com as famílias, e despejou colchões, roupas e outros objetos. De acordo com ela, algumas pessoas conseguiram encontrar bolsas, documentos e dinheiro.
“A gente sabe que do lado direito, embaixo, tem uma habitação quase intacta. As coisas deles, os eletrodomésticos, ainda podem ser recuperadas”, disse ela.