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Marcelo Odebrecht desiste de pedido de liberdade para não prejudicar sua delação

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O empresário Marcelo Odebrecht, que está preso há mais de um ano em Curitiba, teria sido convencido por procuradores da Operação Lava Jato a desistir de um pedido de liberdade impetrado por seu advogado no último dia 5. De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, foram dadas duas alternativas ao empresário: ou retirava o pedido de liberdade, ou estavam encerradas as tratativas para o acordo de delação premiada que ele negocia com procuradores desde março. Ele teria então decidido desistir do pedido de liberdade. 

A reportagem indica que o advogado do executivo, Nabor Bulhões, encaminhou ao juiz Sergio Moro um pedido afirmando que deixava de pedir a liberdade de Marcelo "por motivo que se encontra em sigilo judicial".

O acordo de delação da Odebrecht é considerado o que atingiria o maior número de parlamentares. Entre os documentos que a Polícia Federal aprendeu na Odebrecht durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, em 22 de fevereiro, estão listas que enumeram valores, políticos e até apelidos. Impressiona a quantidade de políticos que aparecem na relação - mais de 200 - dos mais variados partidos, tanto do governo quanto da oposição.

Estão os nomes que surgem estão o do senador Aécio Neves (PSDB-MG), do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), dos senadores José Sarney (PMDB-AP), Romero Jucá (PMDB-RR) e Humberto Costa (PT-PE), do chefe de Gabinete da presidente Dilma Rousseff, Jaques Wagner, do ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre inúmeros outros.

>> Lista da Odebrecht relaciona mais de 200 políticos e valores 

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