O empresário Alexandre Margotto, um dos denunciados por suposta participação em esquema de corrupção e desvio de recursos na Caixa Econômica Federal (CEF), negocia um acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato. De acordo com reportagem do Estado de S. Paulo, ele teria informado a investigadores da Procuradoria-Geral da República (PGR) ter detalhes sobre tratativas de políticos e autoridades que frequentavam o escritório que mantinha com o corretor Lúcio Funaro, entre eles o atual ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica do banco público.
Funaro é apontado como operador do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no esquema. Geddel foi vice da Caixa de março de 2011 a dezembro de 2013. Questionado pelo Estado, ele confirmou as visitas, mas não deu detalhes dos assuntos que tratou com o corretor, a quem chama de “um conhecido”:
Margotto é acusado de receber parte das propinas supostamente pagas por empresas a Cunha e Funaro, em troca da liberação, pela Caixa, de investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Ele era sócio do ex-vice-presidente de Fundos e Loterias do banco Fábio Cleto.