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Engenheiro Zwi Skornicki assina acordo de delação premiada

Lava Jato procura ligação entre repasses de João Santana e campanha do PT

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O engenheiro Zwi Skornicki assinou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). Ele está preso desde fevereiro, quando a força-tarefa deflagrou a fase batizada de Acarajé e prendeu o casal João Santana e Mônica Moura, responsáveis pelas campanhas presidenciais de Dilma Rousseff em 2010 e 2014. Investigadores acreditam que a delação de Scornicki pode indicar a buscada ligação entre repasses e campanhas do PT.

Skornicki deve começar a prestar depoimentos aos procuradores da República nos próximos dias e depois a Justiça vai avaliar se o acordo será homologado.

O Ministério Público Federal aponta que João Santana recebeu US$ 4,5 milhões de Skornicki entre 2013 e 2014. O engenheiro é representante do estaleiro Keppel Fels no Brasil. De acordo com procuradores, ele foi citado por delatores como elo de pagamentos de propina.

As investigações indicam ainda que o o patrimônio de Zwi Skornicki teria aumentado em 35 vezes em 10 anos. Ele se tornou réu na Lava Jato em abril deste ano, sob acusação de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. 

Na denúncia apresentada à Justiça Federal do Paraná, o Ministério Público Federal disse que o engenheiro era responsável por repasses ao PT por meio do ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, preso desde 2015.

A pena de Zwi Skornicki pode ser reduzida se ele colaborar com os investigadores.