ASSINE
search button

Odebrecht relata propina para campanhas de Dilma e Aécio, diz revista 

Compartilhar

O empreiteiro Marcelo Odebrecht teria afirmado em delação premiada que repassou propina para a reeleição da presidente afastada Dilma Rousseff, em 2014, e também para seu adversário naquele ano, o senador Aécio Neves (PSDB). As afirmações são da revista Veja. Odebrecht teria citado também governadores e senadores que teriam recebido dinheiro irregular da empreiteira.

A reportagem afirma que a reeleição de Dilma teria sido financiada com propina depositada em contas no exterior. A Veja acrescenta que força tarefa teria identificado o pagamento de R$ 22,5 milhões ao marqueteiro, em dinheiro vivo, entre outubro de 2014 e maio de 2015.

Informação divulgada pela revista "IstoÉ" relata também que Dilma teria se encontrado com Odebrecht entre o primeiro e segundo turno do pleito. Na conversa, ele teria lhe perguntado se "deveria mesmo" efetuar uma doação de R$ 12 milhões "por fora" para o marqueteiro João Santana e o PMDB. "É para pagar", teria respondido a petista. A reprodução do diálogo faria parte das negociações de Odebrecht para sua delação premiada.

"A base desta calúnia seria a suposta delação feita pelo empresário ao Ministério Público Federal. Mais uma vez são veiculadas informações de maneira seletiva, arbitrária e sem amparo factual", disse Dilma em nota.

"A ofensiva de setores da mídia com o objetivo de atacar a honra pessoal da presidente Dilma Rousseff não irá prosperar. Está fundada numa calúnia. Cabe aos acusadores provarem as várias denúncias, vazadas de maneira seletiva, covardemente trazidas por veículos da imprensa que não têm compromisso com a verdade", completou.

"A presidente Dilma anuncia que irá tomar as medidas judiciais cabíveis para reparar os danos provocados pelas infâmias lançadas contra si."

"Ela se mantém firme porque sabe que não há nada que possa incriminá-la. Sua trajetória política mostra seu sincero compromisso com as práticas republicanas, o combate à corrupção e a defesa da democracia brasileira", completou.