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Senadores apresentam questões de ordem para suspender sessão

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Senadores contrários ao impeachment apresentam neste momento questões de ordem com o objetivo de suspender a sessão de discussão e votação da abertura de processo contra a presidente Dilma Rousseff no Senado. Todos os questionamentos foram julgados improcedentes pelo presidente do Senado, Renan Calheiros.

A senadora Gleisi Hoffman (PT-PR), por exemplo, sugeriu que Renan suspenda os trabalhos até que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue recurso apresentado ontem pela Advocacia-Geral da União (AGU). O recurso pede a anulação de todo o processo envolvendo Dilma Rousseff. Não há prazo para que o ministro Teori Zavascki, designado relator da ação do governo, profira sua decisão.

Gleisi Hoffman também questionou possível vício de origem, acusando o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de ter agido por vingança quando acolheu o pedido de abertura de processo contra a presidente da República.

Contrário à suspensão da sessão, o senador Cassio Cunha Lima (PSDB-PB) sustentou que o pedido da senadora tinha como objetivo apenas adiar a análise do processo.

Em reposta à questão de ordem, Renan disse que o próprio Plenário da Câmara dos Deputados já aprovou a abertura de processo contra Dilma Rousseff, não cabendo, portanto, questionamentos quanto a vícios de iniciativa.

“Só cabe ao Senado cumprir seu dever constitucional sem desejar antecipar o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que não se sabe se aceitará os argumentos apresentados pela presidente da República”, disse Renan, negando a questão de ordem.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), por sua vez, questionou a suspeição do relator do processo de impeachment, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). A senadora também comentou o fato de uma das autoras do pedido de impeachment, a advogada Janaína Pascoal, ter recebido R$ 45 mil para apresentar parecer favorável à abertura de processo contra Dilma Rousseff e a ligação dela com PSDB.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) também questionou a continuidade da sessão, alegando que a presidente não cometeu crime de responsabilidade. Os questionamentos foram considerados improcedentes por Renan Calheiros. Segundo ele, esses questionamentos ou já foram decididos ou antecipam a discussão de mérito, que, segundo ele, só poderá ser feita a partir da aprovação da abertura de processo pelo Plenário.