O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) surpreendeu a muitos ao cravar exatamente o resultado da votação da comissão do relatório sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff, aprovado pelo placar de 38 a 27.
O parlamentar não participou da comissão que deu o parecer favorável ao impedimento da presidente, e acompanhou a votação em seu gabinete ao lado de aliados como o ex-líder do PR, Mauricio Quintella Lessa (AL) e Arthur Lira (PP-AL).
A decisão a favor do impeachment deverá ser ratificada por dois terços dos deputados para depois seguir para votação no Senado, que necessita de uma maioria simples (50% mais um) para afastar Dilma do governo durante um período de 180 dias enquanto o caso é analisado.
Para que o afastamento de Dilma seja definitivo, é preciso que dois terços do Senado aprove o impeachment. O governo e o Partido dos Trabalhadores (PT) estavam esperando a derrota na comissão, e apostam todas as fichas na votação do plenário da Câmara, torcendo para que a oposição não obtenha o apoio de 342 parlamentares, num total de 513 deputados.