A presidenta Dilma Rousseff foi a São Paulo no início da tarde deste sábado (5), onde se encontrou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela foi ao apartamento de Lula em São Bernardo do Campo, onde centenas de militantes fazem vigília de apoio ao ex-presidente. Dilma foi aplaudida pela multidão ao chegar à casa de Lula.
Ontem (4), a presidenta telefonou para Lula e disse estar solidária com o ex-presidente, que foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento na Polícia Federal no âmbito da 24ª fase da Operação Lava Jato. Em nota divulgada, Dilma disse estar inconformada com a condução coercitiva do ex-presidente.
“Manifesto meu integral inconformismo com o fato de um ex-presidente da República que, por várias vezes, compareceu voluntariamente para prestar esclarecimentos perante as autoridades competentes, seja agora submetido a uma desnecessária condução coercitiva para prestar um depoimento”, diz a nota. Mais tarde, a presidenta fez um pronunciamento em que reafirmou o teor da nota.
Segundo a assessoria, após o encontro, Dilma embarcou para Porto Alegre onde deve descansar no final de semana.
Dilma critica condução coercitiva de Lula para prestar depoimento à PF
Em pronunciamento à imprensa na tarde desta sexta-feira (4), em Brasília, Dilma fez críticas à forma como o ex-presidente Lula foi conduzido para prestar depoimento à Polícia Federal, em São Paulo.
"Quero manifestar o meu mais absoluto inconformismo pelo fato de o ex-presidente Lula, que de várias vezes compareceu de forma voluntária diante das autoridades competentes, tenha sido conduzido de maneira coercitiva", declarou a presidenta da República.
Na comunicação aos jornalistas, Dilma abordou, majoritariamente, a delação premiada realizada pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) aos investigadores da Operação Lava Jato. No depoimento, o parlamentar fez acusações sobre suposto conhecimento da presidenta e do ex-presidente sobre os esquemas de corrupção na Petrobras. O caso de Pasadena voltou à tona.
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"Em 2014, eu prestei informações detalhadas para a Procuradoria Geral da República a respeito dos fatos sobre a aquisição de Pasadena pela Petrobras. O dr. Rodrigo Janot determinou o arquivamento. O senador não apresentou nenhum elemento concreto, novo, de forma a alterar essa compressão do procurador geral", disse a presidenta.