O diálogo será a base dos trabalhos do Pros neste ano na Câmara dos Deputados. O líder da bancada, deputado Givaldo Carimbão (AL), defende que todos os assuntos sejam discutidos pelos colegas antes que qualquer decisão seja anunciada. Ele reconhece, no entanto, a necessidade de uma reforma previdenciária.
O partido integra a base do governo e, segundo Carimbão, a presidente Dilma Rousseff está sempre pedindo sugestões aos parlamentares sobre os mais diversos assuntos. Em relação aos problemas econômicos do País, o deputado acredita que a solução passa pelo aumento de receitas ou pela diminuição de despesas.
Em seu quinto mandato como deputado federal, Givaldo Carimbão, 58 anos, ocupa a liderança do Pros pelo terceiro ano seguido.
A Agência Câmara está publicando entrevistas com todos os líderes de bancadas escolhidos ou reconduzidos neste ano.
Quais as prioridades da bancada para 2016?
A bancada faz parte do governo. Na reunião de líderes, temos discutido as pautas de que o Brasil precisa. O País precisa resolver urgentemente a reforma previdenciária. O governo também tem discutido a questão da CPMF. A presidente tem pedido sugestões e nós demos algumas. Em economia, ou você aumenta receitas ou você diminui despesas. Será uma pauta que nós discutiremos no Congresso. Será um ano mais curto, eleitoral, com eleições para prefeitos e vereadores.
Sendo da base, vocês vão acompanhar a CPMF, a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) e a reforma da Previdência?
Cada tema será discutido com a bancada. Como líder, você tem de ter a cautela de discutir primeiro com a bancada, para depois dar uma posição. Você faz parte do governo; porém, a presidente Dilma tem dito: “Você tem alguma sugestão a dar?”. Tem dito sempre isso, e nós temos dado algumas sugestões. A pergunta é: essas sugestões que temos dado podem substituir a CPMF ou podem ser as duas coisas juntas? Na hora certa, nós vamos discutir com os nossos companheiros para ver exatamente qual é a posição do conjunto. O líder não pode dizer que vai ser desse jeito ou daquele. Tem que construir. Não adianta o líder dizer e os companheiros não votarem.