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Liderança de PMDB na Câmara deve continuar com Leonardo Picciani

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A eleição para a liderança de bancada do PMDB na Câmara dos Deputados, marcada para esta quarta-feira (17), deve reconduzir Leonardo Picciani (RJ) ao posto por mais um ano. Nesta terça-feira (16), numa contabilidade bem conservadora de aliados do parlamentar fluminense, ele vencia o adversário, o deputado Hugo Motta (PB).

Em decisão tomada em conjunto com o Palácio do Planalto, ficou decidido que o ministro da Saúde, Marcelo Castro, que também tem um mandato de deputado na Câmara, será exonerado por um dia para participar da votação interna do PMDB. Castro é voto garantido para Picciani.

Já no caso do ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, que também possui mandato na Câmara, a exoneração não foi vista como necessária. Seu suplente, o deputado José Nalin (RJ), é mais um voto contado a favor de Picciani.

Embora o Planalto não admita, nesta terça-feira intermediários da presidente Dilma Rousseff intensificaram o corpo a corpo junto aos quase 70 deputados que compõem a bancada do PMDB na Câmara. Toda estratégia é para evitar a vitória de Hugo Motta, que representa a força política do presidente da Casa, Eduardo Cunha (RJ), maior adversário político do governo federal.

Picciani é aliado do Planalto e participou ativamente da reforma ministerial de outubro do ano passado. No final de 2015, ele tentou compor a cota do PMDB na Comissão Especial do impeachment de Dilma apenas com parlamentares favoráveis ao arquivamento do processo. O resultado foi sua destituição, articulada por Cunha e pelo vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer. O afastamento, porém, não durou mais que uma semana.

A eleição para a liderança do PMDB nesta quarta-feira (17) representa a guerra de forças travada entre o Palácio do Planalto e o PMDB de Eduardo Cunha, que força o desembarque da base aliada do governo.

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