A defesa do pecuarista José Carlos Bumlai, preso na 21ª fase da Operação Lava Jato, pediu à Justiça Federal que ele seja dispensado da sessão da CPI do BNDES, marcada para a próxima terça-feira na Câmara dos Deputados. Os advogados argumentam que Bumlai ficará calado diante das perguntas dos parlamentares.“De tal forma, seu deslocamento para Brasília, às custas do Estado, só trará gastos desnecessários à máquina pública e em nada contribuirá para os trabalhos daquela CPI”, diz a petição protocolada pela defesa do pecuarista.
Bumlai está detido em Curitiba desde terça-feira (24), suspeito de ter envolvimento no esquema de fraudes, corrupção e desvio de dinheiro na Petrobras. Segundo a denúncia do Ministério Público, ele utilizou contratos firmados na estatal para quitar empréstimos junto ao Banco Schahin. O empresário é suspeito de ter intermediado empréstimo de R$ 60 milhões do BNDES para o Banco Schahin.
A reunião da CPI do BNDES para ouvir Bumlai estava marcada para a última terça-feira (24), mas foi inviabilizada pela prisão do empresário em um hotel de Brasília, como parte de nova etapa da Operação Lava Jato.
De acordo com o presidente da CPI, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), depois do depoimento de Bumlai serão necessárias quatro reuniões para análise e votação do parecer do relator, deputado José Rocha (PR-BA).
Rotta quer a prorrogação da comissão por mais 45 dias, mas a medida depende de aprovação do Plenário da Câmara.