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Dilma afirma que ato de caminhoneiros tem 'componentes de crime'

Manifestar é direito, mas afetar economia popular é crime, destacou presidente

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A presidente Dilma Rousseff falou na tarde desta terça-feira (10), durante visita a obra da Linha 4 no Rio, sobre o protesto de caminhoneiros iniciado nesta segunda-feira (9) em diversos estados brasileiros. Dilma reforçou que a manifestação é um direito de todos, mas que interditar estradas e comprometer o abastecimento de diversos setores da economia têm componentes de crimes. 

"Tem que ficar claro que reivindicar neste país é um direito de todo mundo. No Brasil, há muito tempo que isto não é crime, porque lutamos por isso. Agora, este país é responsável. Interditar estradas, comprometer a economia popular, desabastecendo com alimentos ou combustíveis, isso tem componentes de crimes já previstos", afirmou a presidente.

Um dos líderes do ato no Rio Grande do Sul, Fábio Roque, informou que o grupo de caminhoneiros que interdita estradas não é ligado a sindicatos ou federações. Entidades da categoria criticaram o ato, alertando que é imoral “qualquer mobilização que se utiliza da boa fé dos caminhoneiros autônomos para promover o caos”. 

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A presidente salientou o esforço de impedir que haja qualquer prejuízo à economia popular do país, já que o tráfego é essencial para o abastecimento de vários setores. "Isso não será permitido. Obstruir é crime, afetar a economia popular é crime. Agora, manifestar é algo absolutamente legal, é algo da democracia, é algo que faz bem ao país e à sociedade", reforçou.

Dilma disse ainda que não pediu para a Polícia Federal agir em relação a isso, já que a prática de crime e o combate a tal prática estão claras. "A Polícia Federal não é instruída sobre isso, porque isso é da lei brasileira. Todos nós somos obrigados a cumprir a lei. Principalmente aqueles que exercem a faculdade de fazer a lei ser cumprida."

A presidenta visitou nesta terça-feira (10) as obras da Ponte Estaiada e da Estação Jardim Oceânico do Metrô do Rio de Janeiro. As instalações fazem parte da Linha 4 do metrô carioca, e contam com 80% de financiamento do governo federal, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 6,6 bilhões e R$ 1,6 bilhão financiado pelo Banco do Brasil. Os investimento totais somam R$ 10,3 bilhões.