Em entrevista coletiva concedida no final da manhã desta terça-feira (6), o presidente do Senado e do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que vem articulando para que sejam votados ainda hoje os vetos presidenciais, que não foram apreciados na sessão realizada no último dia 22.
Os itens mais polêmicos são o veto total ao reajuste de até 78,56% aos servidores do Judiciário e o veto à correção das aposentadorias e pensões acima de um salário mínimo com ganhos reais.
— Cabe ao presidente do Congresso convocá-lo e deliberar, e é exatamente o que estamos trabalhando pra fazer. Precisamos definitivamente analisar isso e tirarmos da pauta — frisou Renan, que se dirigia ao Plenário da Câmara para abrir a sessão do Congresso Nacional.
Renan ainda acrescentou que "o país precisa parar de olhar pra seu umbigo e construir saídas". Questionado se a recente reforma ministerial feita pela presidente Dilma Rousseff poderia ter um impacto positivo na manutenção dos vetos, Renan frisou que não acompanhou estas negociações, mas crê que não deverão influenciar diretamente na votação.
O presidente ainda foi questionado se o governo teria "exagerado" ao pedir a retirada do ministro Augusto Nardes da relatoria do julgamento das contas da presidente Dilma referentes a 2014. Esse julgamento está marcado para amanhã no Tribunal de Contas da União (TCU).
— Apesar de ser um órgão auxiliar do Legislativo, o TCU tem absoluta independência, portanto não devo comentar isso — disse.