O ministro da Saúde, Arthur Chioro, encarregou o Congresso Nacional de discutir o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o ministro, os parlamentares e a sociedade devem decidir se querem manter o sistema universal de saúde, conforme previsto na Constituição de 1988. "Vamos ter de encarar a discussão da sustentabilidade do sistema", disse Chioro, ao participar de simpósio de saúde na Câmara dos Deputados.
Durante o simpósio, diversos deputados defenderam o princípio da universalidade. Alguns, inclusive, defenderam o retorno da CPMF, extinta em 2007, e a taxação de grandes fortunas a fim de financiar o setor.
"Me parece que há unanimidade na defesa do princípio da universalidade. Então, vamos ter de encarar a discussão da sustentabilidade desse sistema. Esta Casa é responsável por fazer com que a sociedade brasileira discuta como garantir a sustentabilidade do SUS", conclamou.
Chioro voltou a criticar a judicialização da saúde, que classificou de "perversa". "Há muitos interesses econômicos. A judicialização começou exatamente com as órteses e próteses e se espalhou. Hoje, o secretário de Saúde recebe ordem judicial para comprar fralda de tal marca, antitérmico de tal marca. Será que quem prescreve não tem que ser questionado sobre seu interesse?", criticou.