A morte do adolescente e torcedor do Novo Hamburgo, Maicon Douglas de Lima, de 16 anos, assassinado no último domingo por um policial militar, vem causando repercussão também na esfera civil. A Polícia Civil, que abriu investigação à parte do Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar o caso, solicitou a prisão de dois dos cinco policiais envolvidos na ação que resultou na morte de Lima.
No momento do homicídio, os militares davam suporte ao efetivo de Novo Hamburgo durante uma partida de futebol. Uma confusão se formou entre torcidas do Novo Hamburgo e Aimoré, na saída do clássico, e Lima acabou atingido enquanto se encontrava na região da confusão.
Um dos policiais que atuava na área confessou o crime, mas afirmou que os disparos que atingiram o adolescente pelas costas foram em legítima defesa. Além do homicídio, os policiais são investigados por suspeita de remover o projétil que atingiu Lima e trocá-lo por outro. Câmeras de segurança do Hospital Centenário, para onde o adolescente foi encaminhado ainda com vida, mostram quatro militares entrando na sala onde Lima recebia atendimento e logo após deixando o recinto.
O comando do 3º Batalhão da Brigada Militar de Novo Hamburgo garante que o Exército está investigando a conduta dos profissionais e assegura que eles estão à disposição da Justiça. O delegado responsável pelo caso, Vinícius do Valle, prefere não comentar o caso, que corre em sigilo. A vítima não tinha antecedentes criminais e cursava o segundo ano do Ensino Médio.