O presidente do Senado, Renan Calheiros, determinou nesta terça-feira (5) a instalação de uma comissão de sindicância para apurar a participação de servidores da Casa no suposto acerto prévio das perguntas feitas aos depoentes da CPI da Petrobras do Senado. Ele disse que tomou a providência em atenção a um pedido do presidente da comissão parlamentar de inquérito, Vital do Rêgo (PMDB-PB).
Apesar da investigação, Renan Calheiros defendeu a continuidade dos trabalhos. De acordo com ele, não há a necessidade de suspensão das atividades, mas é importante preservar o instituto da comissão parlamentar de inquérito.
"Não precisa suspender nada, absolutamente. A CPI é uma instituição que não pode sair arranhada. É um instrumento fundamental de fiscalização e de cumprimento do papel do Legislativo. É preciso esclarecer tudo na forma que foi denunciado", declarou o presidente do Senado.
O presidente da CPI da Petrobras, Vital do Rêgo também afastou qualquer possibilidade de interrupção dos serviços por causa das denúncias. Segundo ele, estão previstos mais 45 dias de funcionamento e, se não houver pedido de prorrogação, o relatório final pode ser votado antes das eleições.
Na tarde da última segunda-feira (4) senadores da oposição ocuparam a tribuna do Plenário do Senado para protestar contra o possível vazamento de perguntas e alguns, como Alvaro Dias (PSDB-PR), sugeriram a descontinuidade dos trabalhos da CPI da Petrobras.
"A providência radical que o Congresso, especialmente o Senado, deveria exigir é a extinção da CPI do Senado. Ela está agora definitivamente contaminada", afirmou o senador de oposição.
Agência Senado