Uma cobradora de Brasília disse que sofreu preconceito racial na última sexta-feira durante um desentendimento com uma passageira. Segundo Claudineia Gomes, tudo começou quando a porta do veículo travou por causa de uma pane elétrica. Indignada, a passageira passou a pedir o nome do motorista e, como a funcionária se negou a fornecer a informação, a passageira passou a ofendê-la. "Ela veio, me xingou e saiu. Me chamou de negra ordinária e disse que eu estava acobertando o motorista", disse a cobradora. As informações são do Jornal Hoje.
Segundo Claudineia, antes de sair, a mulher "deu um beijo no ombro e disse que a polícia não viria para preto". Apesar das ofensas, a cobradora não prestou queixas contra a passageira.
No mesmo dia, uma australiana foi presa por racismo também em Brasília. Segundo a polícia, ela foi detida em flagrante após agredir e ofender duas funcionárias e uma cliente negras de um salão de beleza. De acordo com testemunhas, a mulher se recusou a ser atendida por uma manicure negra e pediu para que a dona do estabelecimento lhe oferecesse outra funcionária para o serviço.
Clientes e funcionários ficaram indignados com a situação e iniciaram um bate-boca. No meio da confusão, a polícia foi acionada e a australiana também proferiu palavras racistas contra um policial que participou da ocorrência. A mulher foi encaminhada para a delegacia e autuada por racismo. Em seguida, ela foi transferida para a Penitenciária Feminina do Gama (Colmeia).