O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi evasivo, na tarde desta terça-feira, ao falar sobre a possibilidade de racionamento de água na cidade de São Paulo. Apesar de dizer que "hoje não há necessidade", Alckmin disse que os usuários saberão administrar o recurso natural.
"A população responde bem e a bonificação ajuda. As próprias pessoas fazem uso racional da água. Em vez de você fechar a torneira, as pessoas administram. Interessante, a resposta é positiva. Amanhã termina o problema e a cultura racional da água continua", disse.
?Por três vezes o governador deixou de responder qual é o nível mínimo aceitável no sistema Cantareira, para que um possível racionamento seja decretado. O sistema abastece as zonas norte e central da cidade.
"Todo mundo ajudando, vamos superar essa dificuldade. É a maior seca em verão nos últimos 84 anos", disse ele, que conta ainda com outra possibilidade, que é a utilização de uma reserva morta, de 400 milhões de metros cúbicos.
"Ele não foi utilizado porque não tem bombas, equipamentos para chegar nessa profundidade. Até quinta-feira nós temos o resultado do trabalho da Sabesp, que vai dizer se é possível retirar, quanto retirar, quanto custa, quais são os equipamentos”, afirmou.
Ele garantiu que, neste momento, qualquer tipo de racionamento ainda está descartado. “Aliás, nos 364 municípios que a Sabesp atua, não há racionamento. Agora, óbvio que isso vai depender da evolução da questão das chuvas".