A Polícia Federal realizou uma operação nesta quinta-feira contra uma quadrilha que intermediava fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Campinas (SP), a 100 quilômetros de São Paulo. A Operação Corredeira cumpre cinco mandados de busca e apreensão nas cidades paulistas de Itupeva e Cajamar, e é resultado de uma força-tarefa da PF com o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério da Previdência Social. A quadrilha teria cometido as fraudes entre 2006 a 2013, e o prejuízo chega a quase R$ 4 milhões.
Segundo as investigações, que começaram em 2011, um escritório de assessoria previdenciária de Itupeva tornava possíveis fraudes em benefícios previdenciários. A quadrilha apresentava declarações falsas de composição de renda e grupo familiar, além de declarações falsas de deficiência física, para receber benefícios supostamente destinados a portadores de deficiência e idosos.
A PF apurou que o grupo operou com mais de 2.400 agendamentos e gerou um prejuízo de quase R$ 4 milhões, segundo a Gerência Executiva do INSS em Jundiaí (SP). Porém, o valor do rombo pode ser superior, pois não foi calculada a correção dos valores.
Os investigados são suspeitos de estelionato qualificado contra a Previdência Social. A pena para esse crime é de um a cinco anos de prisão, pena aumentada em um terço por ter sido cometida em detrimento do INSS.
O nome Operação Corredeira faz referência ao nome da cidade de Itupeva, que em tupi-guarani significa "pequena cascata".