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Mais Médicos: estrangeiros visitam locais de trabalho em MG

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No Brasil para trabalhar no programa Mais Médicos, do governo federal, 19 estrangeiros e brasileiros conheceram, nesta sexta-feira, os postos de saúde em Belo Horizonte onde alguns deles irão trabalhar. 

O grupo, composto por nove estrangeiros e 10 brasileiros formados em Medicina no exterior, seguiu em um ônibus do Exército até a Vila Cemig, na região do Barreiro, a mais populosa da capital mineira. Além da passagem pelos postos, eles também acompanharam agentes de saúde durante consultas em moradias da região. 

A equipe começará a trabalhar nas cidades mineiras no próximo dia 16. Até lá participam de um curso do Ministério da Saúde com noções de legislação e doenças tipicamente brasileiras, “como a dengue,” explicou o tutor do curso, Rodrigo Chaves Penha.

Fausto José Solis Carvalho é de Belo Horizonte, mas se formou na Bolívia. Casado com uma boliviana também médica, trabalhou por três anos no país vizinho e seguiu para a Argentina, onde atuou por mais seis anos como clínico geral. 

Ao contrário do Brasil, onde acompanha uma resistência por parte de alguns colegas de profissão, Carvalho contou que nunca sofreu qualquer rejeição nos dois países por onde passou. 

A inscrição no programa, segundo ele, foi feita porque estava com vontade de retornar ao Brasil. “Na Argentina e na Bolívia a receptividade sempre foi muito boa. Nunca tive nenhum tipo de preconceito por parte da população que atendi nesses dois locais nem por parte dos médicos de lá. Na Argentina, a revalidação do diploma é direta, eu não fiz nenhum tipo de prova,” contou. Carvalho afirmou ainda que vai revalidar o diploma após o término do contrato com o programa Mais Médicos.

A venezuelana Johanna Alejandra Del Moral revelou que o grupo foi muito bem recebido pelos pacientes nos locais onde visitou. Para ela, a maior dificuldade na relação médico-paciente será a língua.

“Eu falo espanhol e inglês perfeitamente. Eu escrevo bem em português e estou tentando melhorar a pronúncia para poder fazer com que o paciente me entenda,” afirmou. Johanna disse ainda que, apesar do pouco tempo no Brasil, já teve contato com comidas típicas, como o pão de queijo mineiro e a feijoada.

“É um prato estranho, mas eu estou tentando me adaptar porque lá não comemos esse prato”, disse.  

A colega colombiana Fanny Viviana revelou que já ter experimentado o churrasco e a caipirinha. No final de semana passado ela aproveitou para encontrar amigos e se divertir um pouco. “O curso é muito intenso, são muitas horas de estudo,” avaliou.