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Patriota prepara proposta para debater política externa com sociedade civil

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O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, anunciou hoje (17) a criação de um fórum permanente de diálogo com a sociedade civil sobre política externa. Segundo ele, a proposta está em fase de elaboração e deve estar concluída até dezembro. “Está claro que a extensão de nossa presença no mundo nos traz, ao Itamaraty, responsabilidades acrescidas”, disse o chanceler, lembrando que o Brasil abriu novas frentes no cenário internacional.

“As novas frentes abertas em nossa política externa, na região e no mundo, adquirem especial ressonância nos contatos que mantemos com o conjunto da sociedade brasileira. Com o Congresso, com o Judiciário e com os mais diversos segmentos sociais que, no país, buscam crescente participação nas dinâmicas de alcance internacional”, ressaltou o chanceler, na cerimônia de formatura de diplomatas, no Instituto Rio Branco, no Itamaraty.

Patriota defendeu o contato permanente entre os órgãos públicos e a sociedade civil. Segundo ele, a proposta em fase de elaboração pretende institucionalizar o trabalho existente. “Especificamente quanto aos contatos com a sociedade civil, que já são frequentes, estamos agora trabalhando para institucionalizá-los. A abertura ao diálogo, o saber ouvir e o fazer-se entender são parte integral do governo democrático liderado pela senhora presidenta [Dilma Rousseff]”, disse.

O chanceler destacou a experiência da Comissão Nacional Preparatória para a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho do ano passado. “[Foi uma experiência] valiosa e efetivamente valorizada por todos os que dela participaram, o que nos anima a persistir nessa direção”, disse.

Ao se dirigir aos novos diplomatas, na cerimônia de formatura, o chanceler ressaltou que serão muitos os desafios que terão de enfrentar ao longo da carreira, mas recomendou: não percam a juventude e o desejo de ousar. “Não faltam desafios, obstáculos e situações de tensão a exigir de cada um discernimento, preparo, tenacidade, imaginação e sangue frio”, disse.

O ministro encorajou ainda os diplomatas recém-formados a ousarem no exercício da profissão. “Vocês são jovens. Ser jovem é uma condição inerente, que se exerce sem esforço. Mais do que jovens, sejam diferentes. Tragam para nosso tempo o inesperado, o que é novo, o que é historicamente produtivo. [Não sejam] jovens de alma envelhecida. O nosso futuro como nação não se constrói senão com ousadia, com vitalidade e um infinito respeito pelos outros".