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RS: polícia prende um dos cérebros do assalto de Cotiporã

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Porto Alegre - A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu, na manhã deste domingo, em Santa Catarina, um dos cérebros da quadrilha que assaltou uma fábrica de joias em Cotiporã (no interior gaúcho), em dezembro de 2012. Após a prisão Luciano da Silveira, 34 anos, vulgo "Puro Osso", a polícia encontrou explosivos, uma espingarda calibre 12, um revólver 38 e farta munição de uso restrito.

"Ele era um dos mentores da quadrilha. Isso que se verifica não só por meio de seus antecedentes, como também pelo que representa no mundo do crime. É uma pessoa muito importante, de muitos contatos, um homem inteligente, o que se mostra pela dificuldade de prendê-lo, e pelo que aprendemos hoje com ele, que são justamente explosivos, o que confirma que ele era um dos manipuladores da quadrilha no manuseio deste tipo de artefato", disse o delegado do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Juliano Ferreira.

A polícia descobriu, na noite de sábado, que Puro Osso estava em Ararangua (SC). Ao chegar na cidade identificou uma caminhonete que era usada pela sua mulher. A prisão ocorreu por vlta das 6h, às margens da BR 101, e por meio de uma conta de telefone os policiais descobriram a localização de um apartamento em Canoas, onde foram encontrados explosivos.

No começo da década de 2000 ele já havia sido preso com explosivos, mas, segundo Ferreira, sua principal atividade era o roubo de veículos. "O Luciano tem seu início (na vida do crime) no roubo de veículos, e passou a arquitetar em grandes assaltos. Isso se confirma porque no início da década de 2000 ele foi preso com explosivos e farto armamento. Logo depois se investigou e se confirmou sua participação no assalto de Cotiporã, com o uso de explosivos", afirmou.

Segundo Ferreira, após o assalto de Cotiporã, Puro Osso tinha uma vida confortável e se mantinha com o roubo de veículos. Ele foi identificado no roubo de uma motocicleta 1000cc e um veículo zero quilômetro, recentemente. "O que dificultou e provocou a demora nessa prisão é que ele não tinha paradeiro fixo. Tinha vários locais de esconderijo: Niterói (bairro de Canoas), Sapucaia, Novo Hamburgo e Santa Catarina", disse.

Três dos integrantes já foram presos, além da morte de Falcão, outro líder da quadrilha no dia do assalto. A polícia busca ainda Dejair Jorge Santos, vulgo Deja. Puro Osso será encaminhado para o Presídio Central de Porto Alegre, onde ficará à disposição da Justiça.

O assalto ocorreu no final do ano passado, quando um grupo atacou uma fábrica de joias em Cotiporã, com o uso de explosivos, fazendo moradores reféns.