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Em carta, Lula reafirma aliança entre PT e PMDB para 2014

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Durante convenção nacional do PMDB, neste sábado, em Brasília, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu uma manifestação clara de que trabalha para a manutenção da coalizão política entre petistas e peemedebistas. Sem mencionar as eleições de 2014, Lula destacou o trabalho que os dois partidos vêm fazendo desde seu governo.

 “Desde 2006 temos uma sólida coalizão de governo. Desde então, PT e PMDB têm promovido uma verdadeira revolução democrática. Juntos, elaboramos e executamos políticas públicas que ajudaram a eliminar dezenas de milhões de brasileiros da extrema pobreza. Juntos, fizemos esse País voltar a crescer, com distribuição de renda”, afirmou Lula, em carta lida pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão.

Mostrando afinação com o PMDB e numa tentativa clara de marcar a posição de que não pretende abrir mão do apoio do partido para a reeleição da presidente Dilma Rousseff, Lula citou especificamente o nome do vice-presidente Michel Temer. O nome de Temer tem sido colocado à prova diante da possibilidade de o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), entrar na corrida eleitoral para a presidência da República.

“No meu governo, o PMDB deu uma contribuição fundamental. No governo da presidente Dilma, estreitamos ainda mais as nossas relações, e Michel Temer tem cumprido papel particularmente significativo”, escreveu Lula.

O ex-presidente também citou peemedebistas históricos, como Ulysses Guimarães, Barbosa Lima Sobrinho, Márcio Moreira Alves, Mário Covas, Miguel Arraes, Teotônio Villela e Dante de Oliveira. Alguns deles chegaram a trocar o partido pelo PSDB, o que mereceu menção de Lula.

“Um partido que ostenta esse leque de históricos dirigentes é um partido destinado a muitas outras vitórias. Muitas vezes estivemos juntos, outras não. Disputamos eleições, polemizamos, mas sempre nos respeitamos. Hoje compreendemos que eram caminhos distintos para objetivos semelhantes", disse.

Voo próprio

Apesar do discurso do ex-presidente, lideranças peemedebistas não escondem mais o desejo de lançar um candidato próprio ao Palácio do Planalto. Durante discurso, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), afirmou que a convenção é “o início de uma arrancada”. 

 “Nós temos a condição de ganhar a Presidência da República em 2018. Um partido forte começa com condições de crescer. Time que não joga não tem torcida. O PMDB vai mostrar em 2014 o quão grande ele é”, afirmou Cunha.