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Polícia pede prisão preventiva de investigados por incêndio na Kiss

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A Polícia Civil de Santa Maria (RS) vai encaminhar ainda nesta quinta-feira um pedido de prisão preventiva dos investigados pelo incêndio da Boate Kiss, que matou 239 pessoas no mês passado. Se a Justiça aceitar a solicitação, os sócios da casa noturna e dois integrantes da banda ficarão mais tempo presos e os delegados responsáveis pelo caso ganharão mais 10 dias para concluir o inquérito.

O proprietário da boate, Elissandro Sphohr, o sócio dele, Mauro Hoffmann, o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor musical Luciano Bonilha Leão estão presos temporariamente desde o dia 28 de janeiro. O prazo da detenção terminaria neste domingo, dia 3 de março, que também seria o prazo limite para a conclusão do inquérito. 

"Nós temos, a partir da decretação - se for decretada -, mais 10 dias para a conclusão de prazo processual para concluir o inquérito policial. Talvez não seja suficiente para esclarecer todo o foto, com todas suas nuanças e circunstancias. Mas 10 dias é um prazo bastante razoável, estamos tomando cerca de 10 depoimentos por dia, talvez nós tenhamos as perícias do caso", disse o delegado regional Marcelo Arigony.

Antes de ser analisado pela Justiça, o pedido receberá parecer do Ministério Público. Caso seja recusado, a polícia deve ouvir novamente os investigados na Penitenciária Estadual de Santa Maria até domingo. As alegações para o pedido se baseiam na garantia da ordem pública e da integridade física dos investigados.

"A alegação principal que estamos fundamentando o pedido na garantia da ordem pública, até pela preservação da integridade física dos investigados. A segunda questão que é fundamental e latente no Supremo Tribunal Federal (STF), que é  a questão que a credibilidade das instituições públicas precisa ser preservada com o encarceramento provisório de algumas pessoas que praticaram crimes de natureza grave", disse o delegado Sandro Meinerz.