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SC: funcionária de prisão teria sido avisada por SMS sobre ataques

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Florianópolis - Os atentados ocorridos nesta madrugada em Florianópolis continuam repercutindo em Santa Catarina. Uma funcionária de uma empresa de administração prisional teria sido alertada, mesmo por "engano", sobre a ocorrência dos crimes.

A mulher, que não teve a identidade revelada pelas autoridades de segurança, recebeu uma mensagem pelo celular, informando que os ataques seriam uma represália a supostos maus tratos ocorridos dentro da Penitenciária de São Pedro de Alcântara. "Então os irmão que tão no mundão, é pra sair pra pista e sentar o dedo nesses vermes do DEAP e taca fogo no busão, em resposta a covardia em São Pedro, é o salve geral (SIC)", foi a mensagem enviada ainda na segunda-feira.

Os ataques fizeram com que a Polícia Militar reforçasse a segurança e chegasse a escoltar ônibus em localidades consideradas de risco. A Secretaria de Segurança Pública ainda não comentou o suposto "aviso".

Delegados cobram investimento

O presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Santa Catarina, Renato Hendges, culpou o Estado pelos atentados ocorridos nesta terça. De acordo com ele, a falta de políticas para reabilitação de presos, e até mesmo de bloqueadores de celulares em presídios, colocaria o governo na condição de "culpado".

"O Estado é culpado, pois é tão criminoso quanto o marginal da rua. Ele não investe adequadamente neste quesito. Para se ter uma ideia, a Polícia Civil está com a mesma quantidade de efetivo desde 1984", disse.

Onda de ataques

A região metropolitana de Florianópolis registrou cinco atentados atribuídos a facções criminosas entre a noite de segunda e a madrugada desta terça-feira. Uma base policial foi alvejada, além de incêndios registrados em veículos: dois ônibus, uma viatura da Polícia Civil e um carro particular de um militar.

O caso mais grave ocorreu na rodovia SC-401, uma das mais movimentadas da cidade. Um ônibus que trafegava próximo ao trevo de Canasvieiras foi invadido por quatro jovens. Eles mandaram os passageiros saírem e atearam fogo no veículo. O ato causou pânico e fez com que as pessoas corressem pelo meio da rodovia.