O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Jorge Carrasco, afirmou nesta terça-feira que vai pedir a prisão preventiva dos cinco policiais acusados de participação na morte do servente Paulo Batista do Nascimento, 25 anos, que teria sido morto após ser rendido por policiais. Um cinegrafista amador registrou as imagens do momento em que ele teria sido baleado, na manhã do último sábado, no bairro do Campo Limpo, zona sul da capital paulista. "As imagens falam por si só", disse ele.
Segundo Carrasco, o papel da polícia neste momento é identificar a conduta individual de cada um dos cinco policiais que faziam parte da equipe. "Nós vamos pedir a (prisão) preventiva. Ainda não pedimos. Estamos investigando", disse ele.
A Polícia Civil está investigando a conduta de cinco policiais envolvidos no caso: o tenente Halstons Kay Yin Chen, que chefiava a equipe, além dos soldados Francisco Anderson Henrique, Marcelo de Oliveira Silva, Jailson Pimentel de Almeida e Diógenes Marcelino de Melo.
Francisco Anderson Henrique, que era o motorista da viatura, foi ouvido na segunda-feira, enquanto Marcelo de Oliveira Silva, Jailson Pimentel de Almeida e Diógenes Marcelino de Melo foram ouvidos nesta tarde, juntamente com o tenente Haltons Kay Yin Chen.
De acordo com o advogado José Miguel da Silva Júnior, o tenente Chen disse à polícia que houve luta e resistência por parte da vítima, que foi colocada ferida dentro do carro. "O Chen não sabe quem foi que deu o outro (segundo) disparo. Ele foi até o final tentando socorrer. Precisamos saber de quem partiu o disparo", disse.
Segundo ele, que também defende o motorista, seu cliente passou o tempo todo tentando abrir caminho no trânsito e não se envolveu no crime. "A imagem não é clara. Se ouve um disparo apenas. E ele não participou disso", afirmou o advogado.