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Advogado de Kátia Rabelo recorre de "pena desproporcional"

Ex-presidente do Rural foi condenada 17 anos de prisão

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O advogado da ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello - condenada pelo Supremo Tribunal Federal a 16 anos e 8 meses de reclusão, mais multa de R$ 1,5 milhão, por quadrilha, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e evasão de divisas - divulgou nota na qual considera "exagerada a pena aplicada de quase 17 anos", e anuncia que vai entrar com recurso (embargos), assim que o acórdão for publicado.

Kátia Rabello foi apenada pela maioria do plenário do STF nesta segunda-feira (12), no mesmo dia em que o ex-ministro-chefe da Casa Civil no governo Lula, José Dirceu, foi condenado a 10 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa. Pelos mesmos crimes, os ministros apenaram José Genoíno, ex-presidente do PT(6 anos e 11 meses) e Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do partido (8 anos e 11 meses).

A nota

É a seguinte a nota divulgada pelo defensor de Kátia Rabello:

"O advogado José Carlos Dias classificou como desproporcional a pena aplicada a Kátia Rabello pelo Supremo Tribunal Federal. Segundo Dias, é exagerada a pena de quase 17 anos aplicada. Kátia jamais foi acusada de corrupção e desvio de dinheiro público. Não foi ela quem concedeu os empréstimos. Foi responsável apenas pela renovação de um deles, sem que houvesse desembolso de dinheiro novo. No julgamento do mérito, as condenações por lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e evasão de divisas versam sobre os mesmos fatos, configurando um verdadeiro pleonasmo jurídico. A injustiça se exacerba quando o STF não reconhece a regra da continuidade para delitos congêneres. Tão logo seja publicado o acórdão da decisão, o advogado entrará com embargos e aguarda adequação da dosimetria".