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Em São Paulo, vices de Serra e Haddad evitam ataques e exaltam Kassab e Marta

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Os candidatos a vice-prefeito de São Paulo, Nádia Campeão (PCdoB) e Alexandre Schneider (PSD), evitaram a troca de ataques e acusações, assim como fizeram os concorrentes à prefeitura da capital paulista Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) no debate da última quarta-feira, e procuraram exaltar a qualidade das gestões de Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab (PSD), de quem Nádia e Schneider foram secretários, respectivamente durante debate promovido pelo Estado de S. Paulo na tarde desta quinta-feira.

Schneider, que foi secretário de Educação durante o governo de Kassab, afirmou que o atual prefeito da cidade realizou obras relevantes, e citou dados para tentar demonstrar melhorias feitas pela atual gestão em relação ao governo de Marta (2001 a 2004). Segundo o vice de Serra, Kassab fez o maior programa de urbanização de favelas na cidade.

Já Nádia defendeu a gestão da atual ministra da Cultura Marta Suplicy, de quem foi secretária de Esportes, e afirmou que sua pasta teve avanço considerável durante o período de governo petista na cidade.

Com clima menos tenso do que apresentado por Serra e Haddad, ontem, no debate do SBT, ambos procuraram evitar entrar em polêmicas a criticarem com contundência a chapa adversária. Convidados pelo mediador do debate a apontar as falhas de gestões ligadas às atuais, ambos preferiram exaltar os feitos e qualidades ao invés de aproveitar o momento para críticas.

Polêmicas

Os pontos mais polêmicos do debate ficaram por conta da polêmica questão envolvendo a gestão de unidades de saúde por Organizações Sociais (OSs). Repetindo o discurso de Serra, Schneider acusou Haddad e o PT de terem a intenção de acabar com esse modelo de gestão, o que, segundo ele, prejudicaria a população paulistana.

Assim como Haddad, Nádia afirmou que não pretende acabar com esse modelo de gestão, e classificou a história como "mentira". Segundo ela, porém, é preciso que sem amplie o controle sobre as entidades responsáveis pela administração de unidades públicas de saúde. A vice de Haddad se disse ainda preocupada com a proposta da campanha de Serra de ceder 25% dos leitos do Sistema único de Saúde (SUS) para a iniciativa privada.

A vice de Haddad pediu ainda para que o de Serra explicasse os processos a que responde na Justiça, por conta de uma parceria firmada com uma fundação e por um suposto esquema de corrupção na compra de uniformes escolares.

Schneider negou que tenha envolvimento em esquema de desvio de recursos públicos através da compra de uniformes para alunos da rede pública, e afirmou que está processando a revista responsável pela denúncia. O vice de Serra também minimizou o outro processo, e disse que está sendo questionado apenas pelo fato de ter contratado o serviço de uma fundação sem licitação.