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PF investiga 16 pessoas por rombo de R$ 11 milhões na Saúde no Piauí

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A Polícia Federal deflagrou uma operação na manhã desta segunda-feira no Piauí, Maranhão e Ceará para combater o desvio de recursos da Secretaria Estadual da Saúde do Piauí. A quadrilha, de acordo com a investigação da PF, provocou um rombo de cerca de R$ 11 milhões nos cofres públicos.

Nos três Estados, 16 pessoas, entre servidores e empresários, estão sendo investigados. Eles são acusados de fraudar recursos de medicamentos e internações de alta e média complexidade em hospitais do Piauí.

A ação da PF cumpriu 21 mandados de buscas e apreensão e 16 mandados de intimação nas cidades de Teresina (PI), Esperantina (PI), Timon (MA) e Fortaleza (CE). A operação foi batizada de Nosferatu em alusão ao filme dos vampiros de 1922, que se baseia no romance Drácula.

O delegado Wellington Santiago informou em entrevista coletiva que os desvios na Secretaria de Saúde ocorreram entre os anos de 2009 e 2012. Sete empresas são investigadas. Segundo o investigador, o golpe aplicado pela quadrilha consistia na inclusão de empresas de fachada na folha de pagamentos da Secretaria de Saúde. Um dos líderes da quadrilha era um prestador de serviço que trabalhava no setor de contabilidade da Saúde desde 2004.

"O servidor inseria as sete empresas na lista de pagamento da Saúde e elas não prestavam contas e nem serviço", revelou Santiago, que disse ainda que o processo está correndo em segredo de Justiça e que foi solicitado a prisão das pessoas envolvidas e o sequestro de bens, mas o juiz federal ainda não concedeu. A PF não divulgou o nome dos investigados, mas apenas as iniciais dos nomes. Na investigação não foi citado nenhuma participação de diretores ou secretários.

Denúncia da Saúde

O secretário Estadual de Saúde, Ernani Maia, afirmou que o prestador de serviço foi afastado de suas funções. Ele anunciou ainda que foi aberta uma sindicância para apurar os desvios. Maia disse que a denúncia foi feita por ele a PF e ao Ministério Público Federal ao descobrir a fraude em junho deste ano.

"Certamente as investigações continuarão e avançarão e quem está cometendo ato ilícito vai responder", garantiu.