Em depoimento na CPI do Cachoeira, na manhã desta terça-feira, o ex-diretor do Dnit Luiz Antonio Pagot fez um balanço de sua gestão à frente do órgão e disse que não teve possibilidade de defesa quando foi exonerado no ano passado.
"O momento de minha saída do Dnit, sem qualquer possibilidade de defesa, foi sob o prisma de isolamento no cenário que se apresentou: a minha presença já não era necessária. Deixei a autarquia sem ter medo do meu passado e nem negar a minha gestão", afirmou Pagot, antes de se submeter às perguntas dos integrantes da CPMI.
Ele foi afastado do cargo em 2011, após denúncias de irregularidades. Pagot afirmou na época que deixou o órgão por pressão do grupo de Carlinhos Cachoeira. Hoje, o ex-diretor do Dnit disse à CPI que não conhecia o contraventor nem nunca teve contato com ele. Pagot afirmou, no entanto, que conhecia Claudio Abreu, ex-diretor da construtora Delta, e citou outros diretores, como Fernando Cavendish, um conhecido como Aloisio e outro como Xavier. "Esses eram os membros da Delta que compareciam ao Dnit nas audiências", disse.
"Mais tarde soubemos que a empresa Delta estava com problemas para cumprir os contratos. Nós não aceitamos as pressões da companhia, principalmente de Claudio Abreu", acrescentou Pagot.