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'Mesa de Demóstenes está vazia', diz funcionário após cassação 

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Brasília - Um dia depois de cassar o mandato de senador da República de Demóstenes Torres (sem partido-GO), a Direção do Senado começa a desmontar o gabinete parlamentar e requisitar que o ex-senador desocupe o apartamento onde mora. Demóstenes perdeu o mandato nesta quarta-feira por envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de operar jogos ilegais e fraudar licitações.

O Senado, conforme prática adotada e orientada pela assessoria, deverá dar prazo de 30 dias pra que Demóstenes deixe o apartamento funcional e uma semana para a retirada de todos os pertences do gabinete, local que o ex-senador ocupou por quase 10 anos.

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Outra tarefa é a exoneração dos funcionários contratados pelo gabinete - eles podem ser aproveitados pelo senador substituto caso queira, mas neste momento ficarão sem o emprego. Todo parlamentar tem o direito de contratar funcionários usando a verba de gabinete. Eles têm os mesmos direitos e benefícios dos concursados, como por exemplo o plano de saúde.

"Ainda nao saiu nossa exoneração, mas já retirei meus objetos pessoais. E a mesa do senador também já está vazia, não tem mais quase nada aí dentro," dizia um deles na manhã de hoje, mas fechando as portas e evitando a imprensa.

Ainda cedo, antes do horário em que normalmente o Congresso começa a trabalhar, servidores da Casa já retiravam centenas de caixas de dentro do gabinete. O suplente de Demóstenes, Wilder Pedro de Morais (DEM-GO), tem prazo de até 90 dias para se apresentar e tomar posse. Até agora, ele não se manifestou.