Com o adiamento do depoimento de Carlinhos Cachoeira, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga as relações do contraventor com agentes públicos e privados, realizará reunião administrativa na tarde desta terça-feira para apreciar mais de 170 requerimentos que foram apresentados à comissão.
Na segunda-feira, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar permitindo ao contraventor não comparecer hoje à CPI. O ministro acatou a argumentação da defesa de que Cachoeira não teve acesso à totalidade das provas produzidas pela investigação da PF. Os advogados, entre eles o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, haviam pedido o acesso à presidência da CPI, mas ele havia sido negado.
O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), já havia adiantado ontem que, se o STF decidisse suspender o depoimento de Cachoeira, a comissão realizaria reunião administrativa ou tentaria antecipar os depoimentos dos procuradores que acompanham as Operações Vegas e Monte Carlo da Polícia Federal (PF), marcados para a próxima quinta-feira.
O plenário do Supremo irá julgar, em data a ser definida, o mérito do habeas corpus impetrado por Cachoeira na semana passada. Além do adiamento, Cachoeira pede o acesso à íntegra do processo.