As gravações feitas pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Monte Carlo mostram a ligação entre o contraventor Carlinhos Cachoeira e promotores do Ministério Público do Distrito Federal (DF).
Segundo as escutas telefônicas, os promotores Wilton Queiroz de Lima e Libânio Alves Rodrigues teriam passado informações confidenciais ao governo distrital, por intermédio de Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete do governador Agnelo Queiroz.
As conversas que citam os promotores são entre Marcello de Oliveira Lopes, ex-funcionário da Casa Militar, e Idalberto Matias, o Dadá, assessor de Carlos Cachoeira.
Marcello Lopes, ex-assessor de Agnelo Queiroz, disse que o nome dele está sendo usado para atingir o governador. Já Cláudio Monteiro nega envolvimento com o grupo de Cachoeira e disse que pretende processar a PF e as pessoas que o citaram nas gravações.
Três pessoas ligadas ao governo do Distrito Federal já foram exoneradas por terem os nomes citados nas escutas telefônicas da Polícia Federal. Além de Cláudio Monteiro e Marcello de Oliveira, João Carlos Feitoza, o Zunga, deixou a Fundação de Amparo ao Preso. Ele seria o contato entre o governador Agnelo e o bicheiro Carlos Cachoeira.