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Acusado de matar universitária pede para não morrer ao ser preso

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Um dos três suspeitos de sequestrar e matar a estudante de Odontologia Camila Mozer Pires Machado, 20 anos, pediu para não morrer ao ser preso em Itapetininga (400 km de São Paulo). O homem, 30 anos, se escondeu embaixo da cama no momento da abordagem policial.

A prisão aconteceu por volta 4h30 desta terça-feira, quando eles dormiam em uma casa. Também foi presa uma mulher de 35 anos que teve o filho de 14 anos apreendido. Segundo o delegado João Beffa, titular da Delegacia de Investigações Gerais de Ourinhos (370 km de São Paulo), o trio não demonstrava arrependimento. Na residência, a polícia encontrou o tênis de Murilo Lima, 19 anos, namorado de Camila e outra vítima do caso.

"Eu não tomei o depoimento oficial deles já que o caso corre por Cambará (PR), onde a menina foi morta, mas na hora da prisão conversei com acusados que, afirmaram não estarem arrependidos e que a motivação para o crime foi levantar dinheiro para adquirir drogas", afirmou Beffa. Os acusados seguiram nesta tarde para Cambará. "O casal está com a prisão decretada por 30 dias, renovável para mais 30 dias até que o inquérito seja concluído. Em seguida o delegado deverá pedir a prisão preventiva até que os acusados sejam julgados pelo crime", disse Beffa.

De acordo com o policial, o tiro que matou Camila partiu de uma espingarda calibre 44, vendida pelos suspeitos que, durante a fuga, acabaram ficando sem dinheiro. "Após o crime eles seguiram para Cascavel, depois Guaíra, na divisa com o Paraguai, depois para Dourados (MT) e em seguida para Itapetininga, onde foram presos", disse Beffa.

O homem confessou que efetuou o disparo contra a cabeça de Camila, que estava amarrada, amordaçada e de costas para o seu agressor. Já o disparo que atingiu de raspão Murilo teria sido efetuado pelo adolescente. "Um crime totalmente desnecessário, as vítimas não ofereceram resistência estavam totalmente dominados, os acusados já estava com objetos que queria inclusive o veículo, um crime sem perdão", afirmou Beffa.

O caso

Na madrugada de domingo, Murilo e Camila passeavam com o carro dele em Ourinhos quando pararam próximo a uma choperia para buscar uma garrafa de água para a jovem. Ao voltar para o carro, os dois foram rendidos por um casal, aparentando cerca de 30 anos, e um adolescente. Armado, o homem obrigou as vítimas a passarem para o banco de trás e assumiu o volante.

Depois de algumas voltas pela cidade, os sequestradores passaram em um posto, abasteceram o veículo e pegaram a rodovia com sentido ao Paraná. Após rodarem pela rodovia cerca de 30 minutos, entraram em um canavial, já no município de Cambará. Obrigados a descer do carro, Murilo e Camila foram amarrados e amordaçados e, em seguida, alvejados. O crime foi registrado como sequestro seguido de latrocínio.