A Corregedoria da Câmara dos Deputados analisará o período em que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, integrou os quadros da casa, lotado na liderança do PDT, entre dezembro de 2000 e junho de 2006, afirmou nesta segunda-feira o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS).
De acordo com reportagem publicada no último sábado pela "Folha de S.Paulo", Lupi estava na folha de pagamento, mas não comparecia ao local de trabalho, em Brasília. De acordo com o jornal, ele se concentrava em atividades partidárias no Rio de Janeiro. A assessoria do ministério informou que o ministro não vai se pronunciar sobre a denúncia.
"Fiz um pedido ao corregedor da Câmara para que analise a situação do ministro Lupi, ex-funcionário da Câmara dos Deputados. E à luz do que era a legislação da época, nós vamos fazer uma análise para ver se cabe ou não algum tipo de sindicância ou investigação mais aprofundada sobre a situação, que leve a algum tipo de punição por parte da Câmara dos Deputados", disse Maia, que participou nesta segunda (29), em São Paulo, de um almoço-debate com empresários.
De acordo com o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), é "natural" que assessores de deputados não compareçam ao Congresso para trabalhar. "A maioria dos assessores dos parlamentares trabalha nos estados desses deputados. Os escritórios dos deputados são nos estados. Toda denúncia tem que ser investigada, mas não acho que seja real", disse.