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Dupla faz greve de fome e se acorrenta por vagas para negros na Unesp

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Dois membros do movimento Educafro iniciaram, por volta das 15h de domingo, uma greve de fome. Antonio Fortaleza e Esther Rufino escolheram o Dia da Consciência Negra para se acorrentar em frente à reitoria da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) e iniciar o ato. "Escolhemos o Dia da Consciência Negra porque sabemos que não temos muito para comemorar, e queremos a inserção do negro na universidade pública", justificou o ativista.

A greve tem como objetivo conseguir uma reunião com representantes da instituição sobre a inclusão dos negros na Unesp. De acordo com Lucília Lopes, membro do movimento e uma das vinte pessoas que se encontrava no local às 19h, há oito anos o Educafro debate o assunto com a administração da universidade. Segundo a militante, a Unesp não tem dados sobre o número de alunos negros na instituição - quanto ao número de vestibulando que tentam ingresso, ela não sabe informar. "Queremos uma reunião com o chefe de gabinete e os pró-reitores de graduação, administração e extensão", afirma.

A diretora técnica administrativa da Unesp, Jussara Antonio, esteve com os membros do Educafro, e afirmou que repassará as reivindicações do movimento ao gabinete da reitoria. "Domingo é difícil encontrar as pessoas, quase todo o nosso quadro é de fora da cidade", explica. A servidora não tem informações sobre os dados que a instituição de ensino tem ou não sobre o número de estudantes ou vestibulandos negros.

O homem de 49 anos afirma que vai levar a greve de fome até o momento em que a reunião com os representantes estiver agendada. "Trabalhei a vida inteira e não consegui avançar", relata, evidenciando a importância que vê no estudo.