A delegada Daniela de Oliveira, da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Passo Fundo,
que investiga o sumiço da policial militar Luane Chaves Lemes, 23 anos, afirmou
nesta segunda-feira que trabalha com a hipótese de suicídio. Daniela diz que, um
dia antes de sumir, a oficial enviou mensagens para o celular do ex-namorado em
que afirmava que ele nunca mais a veria e que ele levaria esse peso para o resto
de sua vida.
Nas mensagens, Luane teria dito ainda que Peterson Bairros Annes, 25 anos, acabou com sua vida e que ele seria responsável pelo que acontecesse com ela. Imagens de um circuito de monitoramento obtidas pela polícia mostram o casal se desentendendo em uma boate, 31 horas antes da oficial desaparecer. No vídeo, a PM aparece brigando com o jovem perto do caixa. Em seguida, ela deixa a boate seguida pelo rapaz.
A delegada relatou ainda a existência de um processo que tramita na Justiça Militar, em que Luane, junto a outros oficiais, é testemunha em um caso em que policiais são acusados de apropriação indébita. Questionada se o dado é relevante para as investigações, Daniela disse ser "nada que traga grande influência", mas que pediu uma cópia do processo e que o incluirá nas hipóteses.
Luane foi vista pela última vez dia 19 de setembro. Ela saía de casa desarmada por ser seu dia de folga. O irmão da PM chegou a dizer que uma pessoa com características parecidas com as de Luane teria sido vista em Soledade, no norte do Estado, mas não houve confirmação.